A introdução engana um
pouco, afinal, a burocrática Psychonautikkch
Paradigma nos faz jurar que algo entre Stoner e Doom Metal pode começar a
qualquer momento, e o mesmo denuncia a capa. Mas, “Surrealist Satanist”,
terceiro álbum dos alemães do Paria, trilha os caminhos profanos do Metal
Negro.
Direto ao ponto, a
banda investe na parte mais cru e direta do Black Metal, tendo como influências
os nomes da Escandinávia. Desde as guitarras ríspidas, passando pela cozinha
veloz e os vocais rasgados de Panzerdaemon (também baixista), tudo soa como o
estilo pede.
A banda é como se fosse
um Mayhem com um pouco mais de melodia e menos sujeira, pois além do clima
macabro a banda transpira insanidade, principalmente com as boas interpretações
de seu já mencionado vocalista. Nem é preciso comentar que as letras abordam
morte e satanismo.
A produção também se
mostra de qualidade, deixando a sonoridade tipicamente aguda e orgânica.
Destaque para faixas como Wormlike
Proselitysm, Sodomsphinx e Oceans of
Spermwhite Solitude. “Surrealist
Satanist” pode não ser a reinvenção do Black Metal, mas que representa o
estilo, isso é certeza.
8,5
Vitor
Franceschini
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