Experimentar também
significa por à prova algo, portanto a chance de algo não dar certo existe. E
experimentar também é correr riscos, até porque se não queres passar por maus
bocados, é melhor só ir adiante quando tiver certeza.
O duo Rebeligion faz um
Metal experimental no sentido de mesclar várias facetas do estilo. Elementos de
Heavy, Thrash, Progressivo e Neoclássico, além de Power Metal, são unidos de
uma forma um tanto quanto desordenada neste trabalho e o resultado não é dos
melhores.
Há coisas aproveitáveis
sim e a crítica não quer dizer que se queira destruir a reputação do multi instrumentista
Rodrigo Canoas e do vocalista Nuno Miguel, pelo contrário, é tentar ser
construtivo. O primeiro quesito é a fraca produção abafada e suja demais para o
som proposto.
Depois, a caminhada por
vários elementos de subgêneros diferentes acabou fazendo com que a dupla se
perdesse em alguns momentos e a falta de identidade foi para o espaço. Nuno
canta muito bem, é versátil, mas exagera, como em Blessed The Dumb onde tenta soar operístico e que parece uma
brincadeira. Aliás, essa é uma das faixas mais estranhas que já ouvi.
Pontos positivos? Claro
que existem e são os que mais importam. Afinal, quando o Rebeligion investe no
Power Metal com nuances de Neoclássico como nas faixas Captain Paul Watson, Existence Imperfect e Shadow Of My Past a dupla se sai bem e Rodrigo se mostra um
tremendo guitarrista.
A faixa Meu Foda-se, cantada em português, também
ficou muito interessante, assim como a viajante e enigmática My Blood. Se o Rebeligion decidir que
caminho trilhar, investir numa melhor produção e aparar algumas arestas será
mais interessante, pois “Existence Imperfect” ainda soa meio perdido.
6,5
Vitor
Franceschini
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