Foram 11 anos pra
lançar o debut “The Power Comes from the Beer” e parece que valeu à pena a
espera. Afinal, que petardo é esse de Thrash Metal! O que mais surpreende é que
o quarteto de Brasília consegue impor sua identidade e se diferenciar de muitos
que transitam pelo gênero. Conversamos com o vocalista Wendel Aires, que ao
lado de Tiago Lustosa e Ronny Lobato (guitarra), Jôsefer Aires (bateria) e Aluísio
Lima (baixo), buscam seu lugar na cena. Com vocês, Phrenesy!
Primeiramente
gostaria que vocês falassem um pouquinho da banda, como se formou. Pois,
confesso que nunca tinha ouvido falar de vocês (desculpe essa minha santa
ignorância).
Wendel
Aires: Primeiramente obrigado pela oportunidade da
entrevista... A banda se formou em 2003 com o Josefer Ayres e o Tiago, o
Josefer era o vocal e guitarra, só que ele percebeu que não teria muito futuro
(risos) e foi para a bateria e foi aí que entrei na história da banda em 2004!
Por
que o primeiro álbum saiu somente 11 anos após a formação da banda?
Wendel:
Por falta de grana (risos). Gravamos uma demo em 2005 chamada “Do you Like
Mocotó?” E outra em 2006 para tentarmos tocar no Porão do Rock e divulgar a
banda e agora esse full-lenght.
E
como foi o processo de composição de “The Power Comes from the Beer”? Este
processo vem de longa data ou as composições surgiram pouco antes de gravarem o
álbum?
Wendel:
Algumas músicas são antigas e que nunca gravamos como, por exemplo, This is Extreme que foi a primeira
música que a banda compôs, aliás, o Tiago e o Josefer que fizeram ela, Exploding In Rage e Fuck With Your Lies foram composta entre 2007 e 2008, já as outras
foram mais recentes.
O
Thrash Metal sempre foi o direcionamento do Phrenesy?
Wendell:
Sempre!!!
Aliás,
uma das características da banda é não soar comum, mas ser fiel ao estilo. Ou
seja, diante de tantas bandas fazendo praticamente a mesma coisa no Thrash
Metal, como vocês procuram fugir do comum?
Wendel:
Isso é um processo natural na banda devido às várias influências que temos e
misturamos tudo na hora de compor e acaba fluindo naturalmente ocasionando em
um estilo que percebemos ser um “pouco diferente” das outras bandas de Thrash!
As
linhas de bateria do disco são diferenciadas e inclui até ‘blast beats’ que não
são muito freqüentes no Thrash Metal...
Wendel:
Sim, devido as nossas influências do Death Metal procuramos colocar nas
músicas. Às vezes quando estamos compondo uma música e ela fica muito reta, bem
naquele estilo Thrash ‘old school’, colocamos uma pitada de 'blast beats' e
fica maravilhoso! (risos)
Ainda
há uma pegada Crossover e Speed Metal no som de vocês, concorda?
Wendel:
Com
toda certeza e isso tudo misturamos e, no final, sai essa salada metálica!
(risos)
Explique
como foi a escolha do título do álbum e o que vocês querem passar com ele?
Wendel:
Nós temos uma música composta há muitos anos chamada The Drunk, que gravamos nas outras demos, mas não foi para o disco
e Ronny (guitarrista) chegou com uma música chamada The Power Comes from the Beer que era pra ser a The Drunk 2 (muitos risos), pois o tema
era praticamente o mesmo da The drunk,
só que mais divertida ainda, pois fala de sair com os amigos, ir a um show de
rock, enfim, diversão. E temos outros temas também como a situação do país,
revolta, falsidade das pessoas... As letras que escrevo são bem introspectivas,
muitas vezes escrevo o que estou sentindo naquele momento e que na maioria das
vezes estou puto (muitos risos).
Há
várias participações em “The Power Comes from the Beer” como de Ítalo
Guardieiro (Device), Mário Pereira (Scania) e Caio Duarte (Dynahead), entre
outros. Como foi trabalhar com este pessoal?
Wendel:
Cara, o Caio é um camarada incrível de se trabalhar, ele quem produziu o disco,
ele é muito metódico, chato mas, no bom sentido, de querer o melhor e foi isso
que ele conseguiu de nós, tirou o melhor de cada um. O Mário é nosso amigo de
longas datas, inclusive já tocou baixo na banda por quase dois anos, assim como
o Ítalo que também é nosso parceiro do underground, aqui em Brasília. Todos nós
nos conhecemos, todas as bandas na sua grande maioria são parceiras, claro que
tem uns pau no cu, mas na grande maioria somos todos amigos.
Como
está a repercussão do debut tanto pela crítica quanto pelo público? O trabalho
chegou a ser lançado no exterior?
Wendel:
Mano, até agora só temos críticas positivas e isso me assusta porque toda
unanimidade é burra (muitos risos), mas estamos com os pés no chão pois não
somos ninguém no mundo do Metal nacional. Estamos começando a colher os frutos
ainda. Quanto ao lançamento no exterior o disco já chegou nos EUA, Europa,
Japão, Coreia e até na Índia já temos notícias de que ouviram nosso som, mas
nunca lançamos nada lá fora oficialmente, foi graças ao mundo globalizado!
Como
está a agenda da banda para este resto de ano e quais são os planos?
Wendel:
Temos um show com o D.R.I em novembro e algumas datas em São Paulo etc... Eu
não estou muito por dentro das datas, mas vai rolar shows por aí (risos).
Podem
deixar uma mensagem aos leitores.
Wendel:
Obrigado, Vitor Franceschini e a galera leitora do Arte Metal pela oportunidade
de divulgar o Phrenesy, continue apoiando o underground nacional que é um dos
mais ricos do mundo!!! Valeu galera e fiquem na paz!!!!
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